segunda-feira, 21 de junho de 2010

Idesp realiza mais uma edição do Diálogos sobre Desenvolvimento: a economia invisível dos produtos florestais não-madeireiros

Será nesta quinta-feira, dia 24, às 10h, mais uma edição do ciclo de debates “Diálogos sobre Desenvolvimento”, que trará especialistas em extrativismo para abordar o tema “A economia invisível dos PFNM”, no auditório do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) - rua Municipalidade, 1.461, Umarizal, prédio anexo ao Sebrae. As inscrições são gratuitas no site http://www.idesp.pa.gov.br/.

O público irá conhecer o estudo “Cadeias de Comercialização de Produtos Florestais Não-Madeireiros”, desenvolvido por técnicos do Idesp, com apoio do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA/UFPA), do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor) e da Embrapa Amazônia Oriental. A pesquisa se propõe a identificar e caracterizar as cadeias de comercialização de produtos extraídos das florestas, para elaboração de um diagnóstico para identificar a verdadeira contribuição dos produtos não-madeireiros para a economia do Pará.

Os resultados do estudo permitem identificar possibilidades produtivas locais e regionais, gargalos tecnológicos, necessidades de investimentos, regularização e especialização dos agentes locais e regionais. A pesquisa aponta também novos produtos, que não constam das estatísticas oficiais, ou que são subestimados no mercado. Com o estudo foi possível verificar que produtos como cacau e o palmito alcançaram os mercados nacional e internacional (23,61%), mas a comercialização externa ainda é minoria entre os PFNM. Isso torna a economia local dependente desses mercados, sobretudo na definição dos preços.

Um total de 76% de valor agregado bruto dos produtos não-madeireiros ocorrem no Pará. “Essa é condição essencial para maior autonomia e indução de políticas para a verticalização das cadeias”, afirma Marli Mattos, coordenadora do Núcleo de Pesquisa Científica, Tecnológica e Inovação do Idesp, que coordena do projeto. A agregação de valor aos produtos identificados ocorre em maior percentual na escala estadual (52,78%), considerando as cadeias do açaí, castanha, semente de cupuaçu e guarumã e, para os 22 outros produtos a agregação se dá somente na região do Tocantins. Somente em 2008, cerca de R$ 165 milhões foram pagos às famílias envolvidas na colheita e produção dos 34 PFNM identificados na região Tocantins, considerado o valor bruto da produção para esse setor produtivo extrativo. Somando-se a venda de todos os PFNM como insumo (R$ 904 milhões) e valor agregado aos produtos (R$ 1 bilhão), a cifra total atinge R$ 1,94 bilhões.

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