Segundo estimativas, dois terços das emissões anuais de CO2 do Brasil provêm do desmatamento da Amazônia. Visando reduzir esses índices, já é pauta nas discussões internacionais sobre as mudanças climáticas, lideradas pela Organização das Nações Unidas (ONU), o pagamento pela Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação de Florestas (Redd). O Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Estado do Pará (IDESP) é o precursor no debate sobre a questão, e apresentará suas iniciativas como membro do Fórum Paraense de Mudanças Climáticas, no Curso Introdutório sobre Redd, que ocorrerá entre os dias 25 e 27 de maio, Centro de Convenções Computer Hall, em Belém.
O evento é voltado para integrantes do fórum, com objetivo de permitir a criação de políticas e estratégias de Redd baseadas em conceitos, fundamentos e mecanismos adequados, ampliando a aplicação e os potenciais benefícios para a mitigação das mudanças climáticas no Brasil e no Pará. “Além de evitar o aumento das emissões, o mecanismo Redd pode estimular o manejo florestal sustentável, o controle da erosão, a qualidade da água e a conservação da biodiversidade”, argumenta diretor de Pesquisa e Estudos Ambientais do IDESP, Jonas Bastos Veiga, representante do Idesp na abertura do evento.
A iniciativa de pagamento pela Redd tem lugar de destaque por se tratar de um mecanismo internacional, que pode contribuir para diminuir as emissões por meio da compensação financeira aos países em desenvolvimento ou segmentos produtivos que mantiverem suas florestas preservadas. Nesse sentido, o Idesp, em cooperação com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e a TNC, iniciou a realização de uma série de eventos envolvendo órgãos estaduais, Ongs e diferentes atores do setor privado do Estado. “Também este instituto tem assumindo algumas responsabilidades na construção das bases que permitirão ao Estado melhor aproveitar essa oportunidade de captação de recursos externos, visando preservar as nossas florestas, tanto públicas como privadas”, afirma Veiga. Além da TNC, outras entidades como a WWF, Conservação Internacional (CI), Cooperação Alemanha Brasil, GTZ e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), enviarão representantes para o treinamento.
O evento pretende intensificar o conhecimento sobre o assunto, para disseminar essas informações aos principais interessados no assunto. O Idesp tem conversado com diversas entidades, sobretudo não-governamentais, para implementação do projeto Redd em municípios paraenses. Nesse sentido, juntamente com a organização internacional The Nature Conservancy (TNC), uma entidade sem fins lucrativos, está avaliando a implantação da iniciativa no no município de Félix do Xingu, sudeste paraense. No evento serão discutidos temas como “Mudanças Climáticas e o Papel das Florestas”, “Identificação dos Fatores de Desmatamento”, “Contexto Político Internacional e Legislação Nacional e Estaduais para Redd”, entre outros assuntos relacionados ao esforço de reduzir impactos ambientais.
Para implementar um projeto piloto de Redd em São Félix do Xingu, o Idesp assumiu compromissos no Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento (PPCAD-PA), de construir parcerias e apoiar projetos piloto para implementação de mecanismos de Redd; e estabelecer e instituir os parâmetros para a certificação de projetos de Redd no Estado. “A parceria para implementação em São Félix do Xingu pode ser a primeira de inúmeras em todo o Estado”, avalia Jonas Veiga.
Curso Introdutório sobre Redd
Data: entre os dias 25 e 27 de maio
Horário: 9h30 às 18h
Local: Centro de Convenções Computer Hall, localizado no terceiro piso da loja Computer Store (Rua Antônio Barreto, 1176, próximo a Av. Alcindo Cacela, Umarizal).
Ao final do curso, vamos comentar aqui no blog os destaques da programação.
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