sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Desmatamento e políticas públicas no Pará

Andréa Coelho - Coordenadora Técnica da Diretoria de Pesquisas e Estudos Ambientais - IDESP


O estado do Pará apresenta uma das maiores taxas de desmatamento da Amazônia Legal, e alguns dos seus municípios estão no topo da lista dos que mais desmatam como é o caso de São Félix do Xingu e Paragominas.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o acumulado do desmatamento em 2009 atingiu uma área desmatada de 245.035 km², o que representa 21,6% do seu território, e 33,28% do desmatamento da Amazônia Legal.(gráfico 01).

Gráfico 01: Percentual de desmatamento na Amazônia Legal

Os números referentes ao incremento anual são variáveis, e têm apontado para um decréscimo constante desde o ano de 2005, atingindo 4.281 km² no ano de 2009. (gráfico 02)


Gráfico 02: Incremento do desmatamento no estado do Pará, 2001-2009

Apesar dos avanços obtidos, os índices continuam muito altos, e apontam para a necessidade de políticas efetivas de combate ao desmatamento.

Medidas de ordenamento territorial, regularização fundiária e fomento à produção de forma de sustentável são primordiais para alcançar este objetivo.

Nesse contexto, os zoneamentos da área de influência da BR-163, da Calha Norte e da Zona Leste do Pará; o Plano Estadual de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento do Estado do Pará (PPCAD); o Cadastro Ambiental rural (CAR); a regulamentação da Lei de Gestão de Florestas Públicas; a criação do Fórum de mudanças climáticas; o Programa 1 Bilhão de Árvores, dentre outras políticas, são iniciativas do governo do estado no sentido de cumprir as metas e alterar o histórico de degradação do território paraense.

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