quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Alimentação pressiona inflação na RMB

A taxa foi de 0,88% em outubro deste ano: os preços da carne e feijão foram os maiores vilões.


O Índice Geral de inflação registrou taxa de 0,88%, pressionado pelo grupo Alimentação e Bebidas, que registrou no mês de outubro a taxa de 2,54% sendo o principal responsável pela elevação de 0,70%. O resultado da inflação foi calculado pela Secretaria de Planejamento Orçamento e Finanças (SEPOF), por meio da Diretoria de Planejamento (DIPLAN), com análise realizada em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp).

A aceleração sobre os alimentos ocorreu em função de alguns produtos da cesta básica como, carnes frescas e vísceras, registrarem taxas de 4,13%, pela escassez de animais que ao longo de quatro anos. “O setor vinha amargando com preços muito abaixo do mercado, provocando o abate das matrizes e deixando de produzir bezerros”, destacam os pesquisadores. Outros fatores que também contribuíram para essa aceleração foram o consumo externo, e a inserção de novos consumidores, principalmente de países emergentes, bem como, o período da entressafra aliado aos problemas climáticos. Esse conjunto de fatores restringiu a quantidade de alimentos para o gado, e a própria disponibilidade para o abate, tornando a carne “um artigo de luxo”.

Outro produto que, também, teve comportamento ascendente prejudicando o consumo dos belenenses incluídos na faixa de renda entre um e oito salários mínimos, foi o feijão. Ele é responsável por 1,11% do salário mínimo, que no mês de outubro teve alta de 72,54% com destaque para: feijão preto (11,31%), feijão jalo (27,51%) e feijão rajado (33,72%). Vale ressaltar que outros produtos tiveram comportamento ascendente como: peixes e crustáceos (4,95%), carnes e peixes industrializados (3,36%), aves e ovos (8,80) e leites e derivados (1,39%).

Em Comunicação a taxa de 1,48% foi pressionada pelo item, aparelho de telefonia celular que no mês registrou variação de 15,23%. No grupo Despesas e Serviços Pessoais a taxa de 1,09% teve influência dos subitens: Artigos de Recreação (2,55%) com destaque para CD (15,24%) e brinquedos e jogos (0,82%) e ainda, dentro do grupo, houve itens que se destacaram pela alta taxa de reajuste como: acessórios e instrumentos musicais (8,27%), boate, danceteria e discoteca (8,33%), manicure e pedicure (6,55%) e sapateiro ( 3,95%).

No grupo Habitação a taxa de 1,01% foi influenciada pela majoração de 5,17%, ocorrida no item bujão de gás, aluguel (3,90%) e os artigos de limpeza e descartáveis (2,16%).

O grupo Vestuário a taxa de 0,63% com acréscimo de 0,51 pontos percentuais, foi influenciada pelos subitens Roupas de Crianças (0.97%), Acessórios femininos e masculinos (1,86%), Calçados (2,26%) e jóias e bijuterias ( 4,88%).

Dos grupos de despesas cinco registraram taxas positivas e tiveram maior influência no Índice Geral: Alimentação e Bebidas (2,54%), Comunicação (1,48%), Despesas e Serviços Pessoais (1,09%), Habitação (1,01%), Vestuário (0,63%), e os quatro restantes, registraram taxas negativas fazendo com que atenuasse a taxa à esse patamar como: Educação, Leitura e Papelaria (0,19%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,71%), Móveis e Equipamentos Domésticos (0,89%) e Transportes (1,35%).

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