quinta-feira, 14 de junho de 2012

Inflação recua 0,26 pontos percentuais na RMB

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do mês de maio de 2012 apresentou redução de 0,26 pontos percentuais em relação ao mês anterior, gerando uma inflação de 0,94% para as famílias residentes na Região Metropolitana de Belém que recebem de 1 a 8 salários mínimos. É o que aponta o boletim publicado pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP).


De acordo com a pesquisa, dos nove grupos de despesas, quatro estão acima do Índice Geral: Móveis e Equipamentos Domésticos (4,03%), Despesas e Serviços Pessoais (1,82%), Alimentação e Bebidas (1,33%) e Vestuário (1,08%). Dois ficaram abaixo da taxa: Habitação (0,62%) e Transportes (0,05%). Três registraram taxas negativas: Educação, Leitura e Papelaria (0,26%), Comunicação (0,78%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,21%).

O grupo Móveis e Equipamentos Domésticos (4,03%), com influência de 7,86% na estrutura do IPC, foi um dos que contribuiu para que o Índice Geral não tivesse recuado mais, apesar da redução de juros e do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), a demanda por bens duráveis, impulsiona os preços principalmente de itens como manutenção de móveis (48,71%), Mobiliário (7,14%) e os Eletrodomésticos (3,10%).

O grupo de Despesas e serviços Pessoais registrou a segunda maior taxa de 1,82%. Crescimento decorrente de rejustes de preços em itens como: máquina fotográfica (13,50%), barbeiro (9,92%), sapateiro (9,77%) e funeral (9,69%). Entretanto, com peso de 34% nas despesas das famílias, o grupo Alimentação e Bebidas (1,33%) foi o que teve maior responsabilidade sobre o resultado final do IPC.

Os subitens que mais influenciaram para a elevação dos preços no grupo foram os Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (5,14%), sendo o aumento do preço do feijão provocado por problemas climáticos nos centros produtores e pela redução de área plantada, dando lugar ao cultivo de outros grãos mais lucrativos como a soja. Já, os produtos de grande consumo do belenense que registraram taxas negativas, atenuando o resultado final do índice médio do grupo, não só pelo consumo, mas pela participação na estrutura do IPC foram: Carnes e Vísceras (-0,77%), Aves e Ovos (-0,98%) e Peixes e Crustáceos (-5,49%).

Por sinal, a cesta básica do mês de maio custou R$ 220,69 (Duzentos e vinte reais e sessenta e nove centavos), correspondendo a 35,48% do salário mínimo vigente, de R$ 622,00 (Seiscentos e vinte e dois reais), apresentando variação de 3,01% em relação ao mês de abril/12. Dessa forma, para adquirir os produtos da cesta, o trabalhador precisou cumprir uma jornada de trabalho de 85 horas e 92 minutos.

No grupo Vestuário (1,08%), a taxa foi impulsionada por itens como Roupas de Criança (3,01%); Roupa Feminina (2,57%) e Acessório Feminino/Masculino (2,13%). Em Habitação (0,62%), destacaram-se: aluguel (4,76%), gás de bujão (4,36%), material de pintura em geral (9,57%), ferragens (11,97%) e ainda o subgrupo Artigo de Limpeza e Descartáveis (2,09%). No grupo Transportes (0,05%), apesar da permanência de alguns preços, itens como automóvel usado (-5,89%) e conserto de auto(-0,27%) registraram deflação.

Em Comunicação (-0,78%), a taxa negativa foi pressionada pelo subitem Despesa com Telefone (-0,78%). Assim como em Educação, Leitura e Papelaria (-0,26%), a redução é justificada pela permanência dos preços médios das mensalidades dos cursos fundamental /médio/ superior e de itens como: livro escolar, livro e revistas técnicas, assinatura de jornal e periódicos, além das taxas negativas nos itens caderno (2,83%) e outros artigos de papelaria (3,26%). Por fim, o grupo que apresentou maior taxa negativa foi Saúde e Cuidados Pessoais (-1,21%), com destaque para deflação em Óculos e Lentes (-12,03%) e Higiene Pessoal (-1,68%).

A taxa acumulada do IPC/IDESP relativa aos últimos 12 meses (julho/11-maio/12) foi de 11,01%, acima 2,36 pontos percentuais do resultado observado para o período (julho/10 – maio/11). O acumulado no ano (jan – maio/12) alcançou 6,16%, quase o dobro dos 3,65% registrado no mesmo período do de 2011.

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