quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pará teve crescimento de quase 95% na geração de empregos em nove anos

Artigo do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP), divulgado hoje (02), mostra que o estado do Pará teve crescimento de 94,8% na geração de empregos formais, o equivalente a 462.867 novos postos de trabalhos, entre os anos de 2001 e 2010, maior que a média brasileira de 62,1%. O documento destaca alguns aspectos da dinâmica do mercado de trabalho paraense, no período citado, a partir da sistematização de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

De acordo com o artigo, o mercado de trabalho no Estado segue a tendência nacional de formalização dos vínculos empregatícios, comportamento esse causado por fatores como: demanda crescente por profissionais de áreas como saúde e educação devido à expansão e descentralização de serviços públicos universalizantes; políticas de transferência de renda e de valorização do Salário Mínimo, estimulando a demanda por bens e serviços; aumento e diversificação do crédito financeiro tanto para famílias quanto para empresas; implantação de imposto simplificado voltado às micro e pequenas empresas, favorecendo a formalização e a criação de empreendimentos; maior atuação do Ministério do Trabalho e Emprego na fiscalização das contratações de mão de obra.

No que tange a descentralização espacial, no Pará, também pode-se observar um crescimento na participação de vários municípios do interior na geração de empregos do Estado. Enquanto, no período em análise, a capital Belém registrou uma expansão de 47,3% na criação de novos empregos formais, os outros municípios cresceram 51,4%.

Entretanto, mesmo sem levar em consideração a capital, os empregos ainda se concentram em um grupo pequeno de municípios do interior paraense. No período de 2001 a 2010, pode-se observar que apenas 12 dos 143 municípios que compõem o Estado foram responsáveis por 51% da geração de empregos formais, são eles: Ananindeua, Marabá, Parauapebas, Santarém, Castanhal, Paragominas, Barcarena, Marituba, Tucuruí, Redenção, Altamira e Tailândia.



Dentre as Regiões d Integração (RI), as seis que apresentaram crescimento relativo superior à média do Estado (151,3%) foram: Tapajós (276,4%), Carajás (260,1%), Tocantins (206,9%), Araguaia (193,4%), Marajó (170,6%) e Xingu (167,0). Em conseqüência, aumentaram sua participação no estoque de empregos do Estado, destacando-se a RI Carajás que passou de 11,9% em 2001 para 17,1% em 2010, sendo a que mais cresceu em termos absolutos, com destaque para Marabá e Parauapebas.

Por fim, a diversificação econômica ocorrida no Estado do Pará, durante o período analisado, deve-se fundamentalmente aos grandes projetos de mineração, às construções de Usinas Hidrelétricas e à expansão da agropecuária.


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